FLÚVIO

Dirige-se o mundo feito barco errante

Basta olhar pra ver que dá pé.

Porque tanto se divide o mundo

Se a redondeza deste mundo é?

Aparente curva, aparentemente vã

Travessura de atravessar um rio

De correntes pensamentos séculos a fio

Onde a margem oposta brinca de manhã

Navegando rio acima descrevo um arco

E o sabor de um aceno sem fim

Deixado no litoral que nunca existiu

Mas existe agora e nele embarca a rima

Rota entre ilhas e chalanas sem ventos e velas

Passageiros: O futuro sumiu...

( O vento corre comigo, rente no batente...)

Tácito

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 05/09/2020
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