UM DRAMA

Anseio essa tal felicidade

Não sei onde mora

Ou onde morre

Se é sonho ou realidade

Se está na rima sofrida

Ou em cada gota dos olhos caida.

Desejo-a como o cativo

Deseja a liberdade,

De realidade eu sobrevivo,

Seria de quimeras que vivo?

Tento encontrar contornos

Acabo sempre em teus seios mornos.

Vontade tenho de conhecê-la,

E mágoa de nunca ter me pertencido.

Seria questão de pertencê-la?

Felicidade é algo interessante!

É um ser egoísta e descontente

Não é passado, futuro ou presente.

Há a esperança dos que nunca a viram

Há a revolta de um mundo ingrato

Há milhares de olhos que choram,

Até o nada estampado na retina.

Enquanto não vem o desengano,

Abre se de novo o pano.

(Abre-se o pano para novos planos...)

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 26/07/2020
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