REVER(SÓ)

Reverto o reverso em verso

Ver só

Eu

Em um canto (uníssono?)

Algum lugar pequeno no universo

Raso a chuva

Exposto ao sol

Deixo o tempo disperso

Traço meus pensamentos

Crio sonhos

Arranho ilusões

Movimento inércias

Quero-te, entanto, sabendo

Que é de amor que mais preciso

Teus olhos no céu da água

Quero estar imerso.

Faço então, verso (pro)fundo...

E vou poetando nessa asneira,

Como o último arfar de uma vida enferma:

Essa minha alma já soturna e erma!

Quero que me veja,

Sem riso,

Caricatura no instante,

Em que o instante lampeja.

(Nossa vida, este fado!)

Tácito

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 22/07/2020
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