REVER(SÓ)
Reverto o reverso em verso
Ver só
Eu
Em um canto (uníssono?)
Algum lugar pequeno no universo
Raso a chuva
Exposto ao sol
Deixo o tempo disperso
Traço meus pensamentos
Crio sonhos
Arranho ilusões
Movimento inércias
Quero-te, entanto, sabendo
Que é de amor que mais preciso
Teus olhos no céu da água
Quero estar imerso.
Faço então, verso (pro)fundo...
E vou poetando nessa asneira,
Como o último arfar de uma vida enferma:
Essa minha alma já soturna e erma!
Quero que me veja,
Sem riso,
Caricatura no instante,
Em que o instante lampeja.
(Nossa vida, este fado!)
Tácito