(Im)perfeição
Desde meu nascimento há uma cobrança…
é preciso alcançar a tal da... perfeição.
Nome de um rei, sobrenome de um imperador (meio parente e não me orgulho).
Finalizarei sendo legado d'um homem?
Até evocadas influências dos zodíacos me conduzem a algo não existente.
Chego a uma das morais desse texto: infelizmente, a perfeição não existe.
Deixo o rugido e a juba, me calo, me escondo. Deixo a coroa e a majestade,
me humilho, perante a um ser inexplicável… me rendo… me dobro. Dou o dobro
a quem merece meu apreço e peço tira de mim toda pressa.
Não sou o melhor, não sou o tal.
Se sou bom ou do bem, não sei.
Nesse mundo imenso, há algum
alguém a quem devo ter feito mal.
Vejo a vida, como é bela por si só.
Não me atrevo a questionar mais,
com acordes ela fica mais bela,
muito mais²... não resta dúvida.
E quando acordo em julho,
no vigésimo nono dia,
— queima-se —
toda culpa.
Por falar em música, essa é uma das mais bonitas que já compus. Uma que o mundo nunca vai conhecer. Mas conto para você… ela não é comercial, não tem acorde, ritmo ou melodia. Cada palavra neste papel é um gole de morte e ainda está cheio de vida! Infelizmente gosto da perfeição, e isso aqui está muito longe de ser.
Ano que vem, se chegar lá, serão 1/4 de século de vida treinando o que mais treino:
andar, caminhar, ás vezes nadar e correr, nada do sonho realizar: voar!
Mas, sempre, com certeza, sempre andar...
Comecei a tentar em 1997 e até hoje nem isso faço direito.
Piso torto, não ando reto.
Não há remédio que conserte.
Por falar nisso…
Preciso consertar os concertos
concertados pela metade
que, quando comecei estava empolgado
e nunca mais tive coragem...
coragem de consertar para concertar.
Talvez, por algo ou alguém,
tudo..
nada...
Não sei…
Beneficio-me de inclarezas,
certezas não realistas e obscuras.
Sobrevivi, tenho sobrevivido, sobreviverei
a força dos violentos golpes de minhas dúvidas.
Tenho falado pouco.
Resgatando dentro mim uma sabedoria extraterrestre / ancestral.
Meus dias tem sido reflexivos, tenho estado sólido, só quieto.
Muda-se para instabilidade do gasoso quando pego um Uber,
sento no divã, o banco de trás, e sem metrificar, loucamente,
solto palavras ao vento, sem pensar como ou o que vão causar
no ouvido das pessoas quando chegar no cosmos do universo,
lá em cima a voz juntam-se as vozes de um mesmo sofrimento...
Evolui... e no futuro tudo cai na atmosfera, como uma única voz
nesse mundo. A voz de todos juntos! As pessoas se assustam
consigo mesmas.
A voz de todos
soa como a voz da natureza.
E a voz da natureza soa como a voz de Deus.
(Deus…
Todo mundo tem medo
dessa voz.
Tão viva, ou morta, dentro de nós.)
Aprendi por enciclopédias e intelectuais de geração X,Y e Z,
um pouco de cada ciência que existe nesse mundo e além.
E o que existe na minha cabeça são, infinitamente, dúvidas…
que sufocam a bússola do minha vida... (chora o) meu coração.
Sigo fazendo-me de desentendido, porque se eu mostrar
que faz tempo que deixei de ser simples e passei ser sabido...
vão voltar com a tal da cobrança pela perfeição. "Entendido?"
Entendido? Eu? A.C. Filho sei de nada. "Sô burro. Isso é muito difícil pa mim"
Tem quem gaste tempo comigo. Renato, canta sobre o tempo perdido.
Sou taxado de louco, maluco… gênio! (mas, esse é mais difícil pela pele que visto),
Perfeitamente incompreendido. Aí os mesmos que se sentem superiores,
por não me compreenderem sentem medo.
Não é, Agenor Araújo, acusam “de ladrão, bicha, maconheiro”.
Tudo isso porque um Q.I. barato não chegou aos pés dos meus 207.
Se falar assim, sou desumilde. Alguém como eu ter orgulho de mim?
É inadmissível! O incompreensível com medo proclama: "Ele tem que ser destruído".
Nos dias que cantei as músicas mais bonita,
poucas pessoas, ou ninguém além de mim ouviu.
Os momentos mais feliz não deram tempo de fotografar.
Nos mais gostosos... não deu nem tempo de colocar a música.
Não desisto, resisto... sigo...
largando a ambição
já que o "mais"
pode estar no "menos".
Ficando em paz.
Amando.
Me... ... ... ...
Me amando.
Apaixonadamente
me apaixonando
pela perfeitude
da
i m p e r f e i ç ã o
...
Alexandre Cezar Fh
@prosasalexandrinas