O QUE RESTOU DAS MADRUGADAS
Ó poeta que sonhas
Em sombras mortas
Nas horas quietas
Das madrugadas
Onde o pensamento voa
Refletindo nos sonhos
Seus desejos mais profundos,
Vai e mostra ao mundo
A beleza dos versos
Que nascem nas madrugadas.
Diga sim pois esta
É a sua vez de sonhar,
De viver e dizer que a vida
É uma doce ilusão
E que o mundo real
É uma mentira...
Já é tarde,
A luz esconde a noite.
A fantasia,
Esvai-se com a madrugada.
Assim, amanhã logo cedo
Rumo ao entardecer
Em busca dos versos
Raros e perfeitos,
Frutos das madrugadas
Para fazer sonhar os corações
Das pessoas que amo...
Bonito/PE, 27/01/1992