Marília
Marília que saudade
da invulgar presença
de todos os lugares
habitados pela atriz;
falsa em maior empáfia
por se falsificar sempre
fazendo outra ser
melhor que sem você.
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Neste domingo triste
de indeciso frio,
confessional, consigo
me transbordar um pouco;
como se fosse um pixote
numa rua deserta
fugindo do mundo
sem ligar para nada,
sem medo de ser preso
na Fundação do Bem estar
do Menor é que a enxergo
presente não apenas
como a mãe de um menino
de rua, que nem era
de verdade, como nada
precisava ser dentro
da sua intensa gestualística.
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Confesso não saber data
de nascimento, nem
quanto tempo depois
também nasci. Desde
agora em diante
quero torná-la diva como
são Gisele Bündchem, Odete
Lara e Leila Diniz aqui
no Boteco Sovaco das Estrelas.
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Viva Marília Pera que traz
contentamento ao domingo,
dia tal de não sei quando,
desse ano difícil da nosas espera.