Eterna hora do chá
O sol queria brilhar
E o céu fechado em si mesmo
Em honra à terra, também quis parar.
Cantigas estranguladas
regulam o coro,
Cantos via ecos.
O sol economiza sua luz
As árvores rejeitam o replantio
Morte pelo desespero,
Odiosas do tardio enfrentamento.
O Tempo imenso, imutável
Garboso de sua invencibilidade,
Novamente Irado,
A todos prende na eternidade.
E os Chapeleiros malucos aceitam
Pra não o serem, de fato.
Lebres de março se despenteiam.
Hora do Chá, a quarentena
Eternidade, que no amor se reinventa.
Hora de descobrir: existe a geladeira.
Fogão reeencontra seu porquê
Mesmo estando enferrujado.
E a fuga do tédio é a casa ao lado.
Eterna hora do chá!
Quanto tempo o egoísmo aguenta?
Por seu direito à tristeza, me esquenta!