FILOSOFASTRO

“Não tenha medo de morrer. Porque, a morte morreu de medo ao ver Jesus Cristo nascer.” (Jayme Mere)

Ao contrário de tantos,

Temo a vida, não a morte.

Morrer todo dia um pouco?

Melhor morrer apenas uma vez.

É alívio trocar meias alegrias

Por inteira melancolia.

Estrangula-te o grito, ou

a escuridão te asfixia?

Tudo morre...

Deuses morrem

Desejos morrem

Beleza morre

Juventude morre

O dia seguido pela noite, também abrevia.

É a realidade que sepulta a fantasia,

A morte mata o sentido da vida.

Sopra a vela, morre a luz.

Morte no cadafalso,

Morte na cruz.

Com cicuta, ou

Doença de puta, tanto faz.

O alimento mata a fome.

A dor, meu vazio interior.

A alma escassa, o pensador medíocre.

A verdade aniquila a mentira,

O bem se interpõe entre o mal.

Corpos apenas se abraçam, almas se enlaçam.

Quem não teme a morte, herda a eternidade.

Morrer, não é o mesmo que não nascer.

É, simplesmente mais verdade.

Sons e cores o tempo descasca,

Também qualquer cultura se não for genuína e pura.

Morre também, tudo que acredito.

Isso me põe na garganta um grito,

Que também matará o silêncio e,

desmistificará um mito.

Morre os néscios, de tanta ignorância.

E, os sábios de tanta arrogância.

Muitos levados a morte, por medo dela.

Um dia a mais na vida, um dia mais próximo dela.

Algumas pás de terra,

Algumas flores do teu jardim,

está pronto meu réquiem.

Mais bonita é a mortalha,

Que o terno do meu casamento,

Que também serve para o último momento.

Assim é a vida, (?) uma vela que

Apaga-se com o vento.

“E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”

(João 8:32)

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 02/04/2020
Código do texto: T6904494
Classificação de conteúdo: seguro