A canção anti-cotidiana

Dia novo
e o cuidado
para que nada seja
tudo outra vez...
Dar vez ao novo
é viver da surpresa
que o novo sempre traz
algo a se preencher

O bom de cada hora
é que sempre há chance
da sua natureza
também se refazer

Se a vida assim não fosse
seria chata o tempo inteiro
No sorriso da menina doce
meu beijo de menino aventureiro

Dia novo
e o velho vento
nas narinas
Coisas assim, se vê
o pedido de mudanças
nas esquinas:
o crescimento da grama
o fortalecimento
do que se ama
o movimento do poema
Que vontade de ser vento
por essas campinas...
e assim ser ferrugem nas algemas
que nos prendem a rotina


12-03-2020
07h50min
 
Murillo diMattos
Enviado por Murillo diMattos em 12/03/2020
Reeditado em 12/03/2020
Código do texto: T6886075
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