Esquina

Seu perfume decora

A janela

Tropeço no voejo

Arqueando a cobiça

Fitando os meus

Olhos

No limbo

Orvalhado das flores.

Tolhe um desejo

Insípido

Norteio a alcançar

A linha vertinosa

De tudo o que penso.

Um caos tênue

Soluço de brisa

Azedume embutido

Nas ferrugens

Atarantadas

Dos meus vícios.

Os meus gestos

Uivam por pureza

Lâmina bruta

Pedra encalhada

No batente da casa

Sem porta.

E bem lá ao longe

Ouvir o banir

Da sua inquietude

Só tive atitude

De decorar toda

A sala

Puxar

A cadeira

E te pedir para

Sentar.

Daniel Gomez.

Dangomez
Enviado por Dangomez em 11/01/2020
Código do texto: T6839617
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