GUARDE SEU GUARDA-CHUVA!
GUARDE SEU GUARDA CHUVA!
Já vai longe o tempo
Que me protegia da chuva
Escondia-me das suas gotas
Na irracional permuta
Da liberdade pela segurança
E os guarda-chuvas
Abertos, por certo,
Guardavam e aprisionavam
Os meus desejos mais autênticos
Hoje deixo-me molhar pela vida
Bebo as tempestades
Como quem se embriaga
De uma rebeldia necessária.
Urgente!
É preciso molhar os pés!
Pisar na lama!
Lambuzar-se da irresponsabilidade
De ser feliz!
E mesmo que venha
Uma desavisada gripe
Daquelas que não permitem
A alegria dos corpos desejosos
Da saudável insubordinação,
Deixai que se aproxime!
Que a debelaremos
Com os nossos sorrisos
Os corações aliviados
E os pés encharcados
De sensações que guarda-chuva algum
Poderá represar.
Por isso recolho esses artefatos
Que bloqueiam
As lágrimas felizes da natureza
Pois os tempos são outros,
E as chuvas, também!
Leonardo do Eirado Silva Gonçalves
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