IMPONDERÁVEL
Já não há caminhos a seguir
Meus passos se empederniram
Em alguma encruzilhada
Entre o nada e o vazio
.
E por não ter mais
O que acumular em trajetórias invisíveis,
Indivisíveis
Posto-me diante da inércia de todas as coisas
E espero pelo renascimento do caos
.
Pois na tentativa de fertilizar a vida
Já consumimos as melhores sementes
Restando apenas sobre o solo infecundo
As últimas migalhas para a semeadura
Do imponderável
© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves
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