FARSA
Eu sou o que sou
Eu sou o que sinto
Não sei se sou um ator
Ou se apenas minto
Dessa cotidiana escola
Eu me faço pretenso escritor
Dentro desta universalidade
Tento estar na universidade
É algo que me consola
Queria ser o melhor professor
Mas sou o aluno que cola
E neste mundo sonhador
Nesta atuação cabotina
Se existe algo que me anima
Que camufla a minha dor
Que disfarça
Esse meu estelionato existencial
É saber que meu verso mais banal
Já me basta, me é suficiente!
Para tornar minha vida resistente
A esta farsa.
© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves
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