*Ciclo das sextas / Lamento meu 04 / Carta de agradecimento à minha amiga Arte / os livros que eu leio / A esperança da semente que queria ser árvore / Lembra quem tu és

*Ciclo das sextas / Lamento meu 04 / Carta de agradecimento à minha amiga Arte / os livros que eu leio / A esperança da semente que queria ser árvore / Lembra quem tu és.*

Sexta-feira...

Diferente de muitos por aí

que comemoram a chegada desse dia,

para mim, tem sido um meio.

De fato a pessoa que eu

sou durante a do fim de semana.

Como qualquer pessoa normal:

Tenho lutas e dores.

E como uma grande maioria,

enfrento as minhas sozinhos.

Na sexta,

ou eu me liberto e sou quem sou.

Ou eu faço aquilo que fui programado para ser.

Recebi uma proposta para domingo.

Festa, gente do bem e alegria.

Mas... eu não consigo mais.

Nem a música para me salvar.

Finalmente,

acredito que cheguei no fim do fim.

Quando eu andava entre os engravatos

uma senhora salto alto...

É como se fosse ontem, aliás, hoje, porque a frase no meu ouvido, diz... diz... diz...

"... aonde você for,

nunca vai ser feliz. "

Nunca vai ser feliz.

Nunca vou ser feliz?

Eu queria interpretar da forma errada.

Mas, não dá.

Eu cresci crendo que

se eu andasse pelo vale da sombra da morte...

Mas, foi esse vale que andou por mim.

Esse vale que me possuiu.

Esse desejo infindo por essa mulher misteriosa

que vai tirar de mim a vida.

O prazer de uma bela música.

O sabor da maçã, do morango e da melância.

O não prazer da poluição das indústrias...

O sabor de saber que tenho alguma relevância na sua vida.

Foram tantos erros até aqui.

Será que o que aquela moça da terapia diz é verdade:

Você merece ser feliz!

Você é bom.

Muito bom!

Não sei se estou pronto

para comer capim pela raiz.

E enquanto saborear esse gosto tão desconhecido:

Os insetos mais desagradáveis

que não vi em vida vão está me devorando:

Boca,

as partes,

meu nariz.

Preciso ocupar minha cabeça.

Cortar o cortisol.

Alimentar a ocitocina.

Que trabalheira desgraçada

ser feliz nesse vida.

Se eu contar isso

para alguém

vão perceber que eu sou fraco.

É isso que acredito que sou.

E quando encontrarem esse texto.

É... vou ter que mentir dizendo:

Não é minha vida.

É só poesia.

Escrevo tudo o que vivo.

Isso me enche de vida.

Também pode ser pesado

dolorido.

Sem máscaras.

Ou vai ou...

Meu sonho é inalcançável.

Pelo menos nesse em cima do muro das sextas.

Maldito ciclo de sextas.

A sexta do dó é Lá menor.

Tem tanta coisa boa nesse tom.

Como eu fui feliz com sua tristeza.

Como eu me autoestimei

com toda sua beleza!

Música, verdadeiro amor da minha vida.

Obrigado, por me dar um pouco de paz.

Poesia, uma grande amiga. l

Obrigado, por ter sido confidente e fiel.

Teatro,

obrigado, por ter sempre cuidado

da grande movimentação no meu quarto.

Cinema,

Você conduziu minha vida até aqui. Mas, preciso caminhar só por agora.

Os livros que eu leio são loucura.

Os filmes que eu assisto também.

As músicas que eu ouço me conduzem ao suicídio.

E minha religião... faz eu me sentir idiota.

Foram vários textos em um só.

Que da tristeza tristeza brotou uma semente.

Semente essa que

plantada no escuro,

ficou ali sozinha com medo.

Cresceu...

E viu a luz.

A vontade de virar pó

é maior que o desejo de dar frutos...

Então,

me ajuda a mudar.

Ou, melhor,

me faz uma pessoa nova.

E se for para virar pó

que seja para que como a fênix

eu nasça das cinzas.

Como o salmão, possa brilhar.

Como o Leão possa reinar.

Como o golfinho possa agradar.

Como os gatos eu possa amar.

Amar como Deus nos ama.

Amar como Jesus amou.

Amar como minha mãe sempre fez: amou.

Lembrar...

Quem é:

Alexandre Cezar Filho.

@alexandre.cezar.fh

Alexandre Cezar Fh
Enviado por Alexandre Cezar Fh em 07/09/2019
Código do texto: T6739216
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