Sinto a vida como quem sente uma rosa 
Bela, de um odor inebriante e doce 
Ao mesmo instante que perene 
Subitamente ferina 
Quando faz sangrar o dedo 
Sem preâmbulo ou arremedo 
Sem prosa e sem rima! 

Sinto a vida como sinto o mar 
Colossal e amedrontador 
Profundo em seus mistérios 
Hora tempestade 
Hora calmaria 
Sem jamais deixar de ser poesia 
Cantando a ternura, a paixão, a saudade

Sinto a vida como sinto o amor 
Raio que tranpassa veloz o coração 
Fogo que arde nas entranhas do ser 
Mistérios que se revelam à luz do luar 
No beijo quente e doce do amante 
No verso conjugado,emblemático instante 
No prazer em receber e se doar! 

Sinto tanto a vida. ..
E sofro por senti la tanto 
Porquê dói me as dores do mundo 
Num suspirar da alma, profundo 
No gritar do poema. .. no bordar do meu canto!