A DANÇA DO LOBO
I
Estou amargurado no linear da loucura;
Como sei ser doce e desgraçado;
Minh'alma se estorce na tristeza!
Minha ilusão é sentir que tudo é pueril;
Passagem que os labirintos não veem;
Estradas tênues da eterna agonia frugal.
II
Ó, D'us! Eu não sou fraco;
Clamo silenciosamente;
Num recando d'alma;
Um lamento por existir;
Nesta dança que me faz resistir;
Ao paradoxo ser voador;
Nas certezas das delusões;
Sem ter o conhecimento;
Do que neles estão em imagem;
O que está por vir;
III
Entre linhas estou pêndulo;
No balanço tento fugir de mim;
Para não não enlouquecer;
Diante dos famintos;
Que só fazem uivar.
Na incerteza da certeza n'alma;
Encontrar paralelamente;
O paradoxo da aparente notícia;
Do por vir na floresta abandonada.
IV
Doidamente na minha loucura;
Busco dentro do meu ser;
Um tentar corrigir;
Erros para que não seja eu;
O sufrágio eterno;
Afastado de D'us;
Que dubiamente pode ser;
O porquê das pedras no caminho;
Porque eu preciso me livrar do amor;
Para não sofrer com a despedida.
V
Amor que enxerga paisagens;
Nos bosque ao luar;
Na canção em sol maior;
De uma melancolia silenciosa;
Na frenética vontade de se libertar.
Para poder viver até morrer;
VI
Meu claustro é o pensar;
Nas coisas que me torna;
Um sortilégio;.
Pelos medos;
Daqueles que perseguem-me;
Pela ignorância de não me compreenderem.