A DANÇA DO LOBO

I

Estou amargurado no linear da loucura;

Como sei ser doce e desgraçado;

Minh'alma se estorce na tristeza!

Minha ilusão é sentir que tudo é pueril;

Passagem que os labirintos não veem;

Estradas tênues da eterna agonia frugal.

II

Ó, D'us! Eu não sou fraco;

Clamo silenciosamente;

Num recando d'alma;

Um lamento por existir;

Nesta dança que me faz resistir;

Ao paradoxo ser voador;

Nas certezas das delusões;

Sem ter o conhecimento;

Do que neles estão em imagem;

O que está por vir;

III

Entre linhas estou pêndulo;

No balanço tento fugir de mim;

Para não não enlouquecer;

Diante dos famintos;

Que só fazem uivar.

Na incerteza da certeza n'alma;

Encontrar paralelamente;

O paradoxo da aparente notícia;

Do por vir na floresta abandonada.

IV

Doidamente na minha loucura;

Busco dentro do meu ser;

Um tentar corrigir;

Erros para que não seja eu;

O sufrágio eterno;

Afastado de D'us;

Que dubiamente pode ser;

O porquê das pedras no caminho;

Porque eu preciso me livrar do amor;

Para não sofrer com a despedida.

V

Amor que enxerga paisagens;

Nos bosque ao luar;

Na canção em sol maior;

De uma melancolia silenciosa;

Na frenética vontade de se libertar.

Para poder viver até morrer;

VI

Meu claustro é o pensar;

Nas coisas que me torna;

Um sortilégio;.

Pelos medos;

Daqueles que perseguem-me;

Pela ignorância de não me compreenderem.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 30/07/2019
Reeditado em 21/08/2019
Código do texto: T6707829
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