CAMINHOS DE VENTO
Transeuntes transitam pelas alamedas;
Folhas secas caem das árvores;
Vestindo-as de cores cálidas, pálidas...
Galhos pintam-nos pela paisagem bucólica do inverno;
Nos rostos efêmeros dos transeuntes...
Sorrisos soslaio! tímidos! Lascivos!
Olhos tristes, parados, espaço, observam-nos acabrunhados;
São Árvores mortas desenhadas por giz;
No meio dos colibris...
Nós voamos pelas nuvens de anil;
Sentimos o vento envolvendo-nos em cores carmim;
Observamos estrelas mortas desejando viver no chão de terra;
Onde caminhamos pela poesia dos cantos;
Sabemos que o voar não existe tempo...
Espaço encadeado em movimento, natureza!
O sol queima gira e roda, laranja, cinza rosa choque, verniz;
Lua azul marinho, negro cinza, paixões, vidas cruzadas, pintar!
Natureza que nos desperta em toda sentinela um findar;
Recomeçar pela escrita para deixar o amanhã chegar...
O céu não possui idade
E as árvores não morrem de pé.