OS OLHOS DAS ALMAS PERDIDAS
Eu sou o que chamam-me de perdido;
Eu sou o que a vida abortou;
Sou o crepúsculo do entardecer tristonho;
Sou crucificado pelo sangue de Nosso Senhor;
Sou o cale-se que não querem ouvir-me;
Sou os bosques escondidos;
Nos vales do amanhecer
no crepúsculo tênue;
Do entardecer.
Ah! eu deveria e partir para o sul do norte;
Caminhar entre espinhos que queimam-me-iam na carne que comem;
No banquete da lasciva das ilusões em sonho;
Matando-me brutalmente no impelir do sacro-santo, dia após dia!
Eu sou o véu que veste o céu de lua;
Aquele que grita em silêncio o que tudo vê…
Sou o choro contido nas lágrimas…
Sou o porquê de toda vaidade…
Algo que não mereço ter em mim… é-me o desabafo…
Na vida me encontro no meio das mortes de dor;
Alguém que paira no vácuo do destino;
Clamor que desnuda essa vida nua, crua, selva de seres mortais;
Anormais possamos vivenciar;
Lamentamos por não ser verdade em verdades;
No contexto do texto em epílogos: "Porquê não sei para onde ei de ir?"
Talvez eu esteja satisfeito…
Neste gira mundo, vidas!
Pelo momento que apedrejam-me;
Matam-me, não tiram o pensar: Eu sou!
Sou uma eterna magia colorida pelas luzes que piscam em cores...
Sorrisos soslaio, porém, risos percebidos...
E na minha cegueira: " reflexos"
Eu estava a olhar o céu, azul, cinza, branco, alaranjado, amarelado…céu!
O esplendor da vida que nos faz lenda pela vida inteira;
Esperança colorida de sabermos algo sobre o céu;
E, com seus astros em lua, sol, estrelas, planetas…
Ficamos cegos por pensarmos por demais;
No dentro e fora da ausência do eu...