VÔMITO

Quero gritar…gritar!

Falar para todos que odeio-os porque estão surdos....

Triste ressentimento, lamentos!

Estou só neste grito…porquê?

Eles não escutam o meu gritar…

Clamor de uma alma algoz;

Sem luar atroz;

Que errante quer falar;

De algo entre nós...

Eles fazem parte de meu ser gritante.

Ah! julgam-me os tolos ;

Porque eles não perceberam que são o opróbrio de seus julgamentos;

E, afogar-vos-íeis na lama do abismo obscuro que nos separa;

Porque estão cegos e não escutam-me;

Meus pensamentos existe na certeza do nadar pelos caminhos d'água;

Dos quais existe o pensar em detrimento do estar...

Ninguém manda no meu silêncio;

Ninguém manda no meu falar calado em grito;

Ninguém diz-me: “Deves fazeres…”

Eu sou o meu destino;

Eu vivo na minha viagem.

Eu Saiu de casa…

Vou caminhar pelas ladeiras;

Onduladas como ondas...

Chão de terra…

calor!

vejo o céu azul;

Sem estrelas vivas, estão mortas!

Formas aparecem num branco movimento…

No céu em reza da cólera da minh'alma;

Continuo minha caminhada;

vejo os pássaros;

Árvores frondosas;

Folhas Caindo sobre mim;

Vento envolvendo-me;

E vou-me desaparecendo…afastando-me…

No adeus!