A vida em rabiscos...
Às pressas desenha
Sem poder corrigir
As vezes que empenha
Coisas que quer inibir
É atuar em pleno desespero
Caminha enfrente e sem pudor
Começaste março depois de janeiro
De fevereiro ficou só o fedor
Tenta iniciar sua construção
E o mundo que planeja viver
Braços errantes sem coordenação
Tremem por não saberem se erguer
Seus ideais se moldam sem luta
Homem que fala e nunca escuta
Brilha por fora, mas sente-se escuro
Acha que a vida é só força bruta
Deitou-se somente com prostitutas
E orgulha-se de ter coração inseguro.
Se colhemos aquilo que plantamos
Espero que germinem sementes de tempo
Pois o passado sempre será distante
Se nós escolhemos a quem amamos
Espero que neste contratempo
Aprendemos a ser mais do que amantes.
Versão editada de poema escrito em
11/12/2004