As dores do mundo
Como uma ferida crescente e dilacerante;
Emergindo do escuro, sem lembrança, sem passado, distante.
Sob a rotina que levante e deita os seus semelhantes.
Presos em amarras que o chamam de escória, sem piedade, avante.
Na sarjeta, como um monstro, são retidos os passos.
Onde a esperança é fraca, como faísca do cigarro,
Chorando alto enquanto todos passam apressados,
As feridas são as mesmas, a diferença são os pés descalços
O invisível tem formas, idades e cores;
Uma diversidade oculta, onde se escondem dores.