As dores do mundo

Como uma ferida crescente e dilacerante;

Emergindo do escuro, sem lembrança, sem passado, distante.

Sob a rotina que levante e deita os seus semelhantes.

Presos em amarras que o chamam de escória, sem piedade, avante.

Na sarjeta, como um monstro, são retidos os passos.

Onde a esperança é fraca, como faísca do cigarro,

Chorando alto enquanto todos passam apressados,

As feridas são as mesmas, a diferença são os pés descalços

O invisível tem formas, idades e cores;

Uma diversidade oculta, onde se escondem dores.

Ena Iviv
Enviado por Ena Iviv em 23/01/2019
Reeditado em 18/01/2024
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