A VIDA E O CALENDÁRIO
A velhice é relativa,
Muito presa a calendário,
Mas não vou gastar saliva,
Pois ser moço é temporário.
Tomar vinho e sopa quente,
Curtir os netos, família,
É destino do vivente,
Que já rodou muita milha.
Vive-se mais da memória,
De façanhas mais antigas,
Sem ponto final na história,
Aberta a sonhos e outras brigas.
Certas datas impressionam,
Com imagens distorcidas,
Mas idades não funcionam,
Assim como etapas vencidas.
Ao longe e bem devagar,
Mas “longe” não tão distante:
Tem de poder desfrutar,
Com a energia mais pujante.
Um ano inteiro e ao final,
A gente chega orgulhoso,
Desejando um bom Natal
E um Novo Ano auspicioso.