A vida de que não se espera
Tenho colecionado formas ritmos de alma
E de coração tenho aprendido a desconfiar
A pensar com minhas próprias pernas
A sentir a pulsação do chão que quer me engolir
Mas não permito ser devorado
Se for para me devorar que seja de retórica
Que seja de fidalguia, não mais
De discursos retos de demagogia
Não tente me despedaçar
Dos cacos que espalho
Juntar já não dá
Não me espere quieto
Aprendi a revidar teus melindres
De sopapos que dás alma alvitre
Esperas e verás meus sonhos
Passando por ti de maneira atroz