SOB O CÉU OUTONAL
No silêncio das palavras que profiro
Meu versejar flui não com os lábios,
Mas de tal maneira com meus olhos
Que a vida comigo dialoga
Em mútua declaração de amor.
Com esperança esculpida,
Em meu canto eu componho
Lembranças que se refletem
Ditando versos holísticos
No meu mais adorado sonho.
Com perfiz de eloqüente alegria
O dia insurge cinza e suspiro
No fluir do tempo virando a página,
Na busca de novo enredo de cores,
Em meio à soturna cor das fantasias.
Chuva de ilusão ainda viceja
Permeando pétalas caídas em abandono
Na estação outonal que encanta.
E no meu recato, observo o dia que finda
Alinhavando estrelas no horizonte perdido.