SOB O CÉU OUTONAL

No silêncio das palavras que profiro

Meu versejar flui não com os lábios,

Mas de tal maneira com meus olhos

Que a vida comigo dialoga

Em mútua declaração de amor.

Com esperança esculpida,

Em meu canto eu componho

Lembranças que se refletem

Ditando versos holísticos

No meu mais adorado sonho.

Com perfiz de eloqüente alegria

O dia insurge cinza e suspiro

No fluir do tempo virando a página,

Na busca de novo enredo de cores,

Em meio à soturna cor das fantasias.

Chuva de ilusão ainda viceja

Permeando pétalas caídas em abandono

Na estação outonal que encanta.

E no meu recato, observo o dia que finda

Alinhavando estrelas no horizonte perdido.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 18/08/2018
Código do texto: T6422835
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.