De tanto esperar
Vaga na incerteza da alma
A vida imprecisa
Sempre a ceifar os sonhos
Que plantei à estrada
De fardo leve
a pés de chumbo
Não sei como cheguei ao absurdo
E não há quem me revele
Quanto tempo há
Dentro um quero que termine
Mesmo assim me anime
O suspiro do que é belo
Que me enebrie a brisa do vento
À força do pensamento
Que me força a viver
A esperança maior é a que não espera.