V I D A
(José Ribeiro de Oliveeira)


Vida, não quero que tu me leves,
Deixe-me traçar meu rumo.
Quero planejar meus passos,
Personalizar meus traços,
E se eu errar, eu assumo.
Quero o peito palpitando,
Quando escolher meu caminho,
Sentir arrepio na alma,
Chorar ou perder a calma,
Nas paradas do destino.
Às vezes andar sozinho,
E só com Deus conversar,
Com a mente a flutuar,
Por estradas impisáveis,
E por mundos impensáveis
Por onde eu quiser passar.
Deleitar-me com as paisagens,
E as miragens mais sutis,
Sem barulho de fuzis,
Com o coração feliz,
Projetando o meu chegar.
Num canto, nalgum lugar,
Onde tudo esteja bem,
Onde eu veja o vai e vem,
De forma bem natural,
Sem a presença do mal,
E a gentileza jorrando,
Nos gestos só se notando,
O gozo do bem viver.
Sem ser preciso correr,
Curtir um olhar sincero,
Toda a sensibilidade,
Fluindo em cada rosto,
Poder sentir todo o gosto,
De um abraço verdadeiro,
Onde o sol nasça com raios,
Que iluminem cada um,
Pra mostrar em seus semblantes,
Um sorriso de esperança,
Uma alegria viral,
E um astral de bonança.
Quero toda a paciência,
Que a vida poder me dá,
Pra não precisar gritar,
Nem ouvir gritos de alguém,
Mas nisso eu ver também,
Toda reciprocidade,
De carinho, de amizade,
Como regra a partilhar.
Conviver com bons espíritos,
Na plenitude da vida,
Em sintonia direta,
Com o Pai que a domina,
Dormir e acordar cantando,
Viver só vivenciando,
Sem pensar em despedida.
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor José Ribeiro de Oliveira
Enviado por Professor José Ribeiro de Oliveira em 26/06/2018
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