Inquietude ("Nerudiando")
Esporadicamente desejo
Exilar-me do meu autoexílio,
Expatriar-me da" solidão encurralada" (1),
Evadir-me para o albor das manhãs,
Entremear-me com a" multidão dos combates" (1)
E ver-me triunfar sobre a brisa morna;
Embriagar-me de vento
E com ele "ser livre entre os seres "(1).
Eventualmente aspiro
Enamorar-me com a vida
Encantar-me com a lira
Enlaçar-me com seus dedos
Empunhando a esperança de que
"Em minha mão vai a tua mão"(1).
Enfim,
É desiderato também
Enlutar a tristeza teimosa, ..., residual
Evocar a desatenta coragem e
Exorcizar todos os medos, pois
Em minhas batalhas interiores
É urgente que se vença
Enlouquecidamente, "conquistando alegrias indomáveis" (1).
(1) Os versos entre aspas foram pinçados de “Canto Geral”, de Pablo Neruda (1904-1973)
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© Leonardo do Eirado Silva Gonçalves
Outubro/2017