Não deixarei que morra em mim a ternura
Deixo-a aqui num cantinho de minh'alma
Como a fé no ser de um miserável
Intocável e imutável
... Tão sólida quanto a graça de Deus.
Buscarei reviver nos escombros da memória
Um por de sol à beira mar
Belo, flamejante, em suas cores amarelo, vermelho e laranjais
( coisa mais sagrada, não verei jamais)
Porém inalcançável
longe do toque dos meus dedos,
Mas não do meu olhar...
Alento dos desesperado.
Manterei intacto o brilho no ser
Toda a gentileza... Todo meu amor
Ainda que não haja á quem amar
Ainda há motivos para tal. Sei que há!
A alvura do meu sorriso
Estridente, contundente e confuso
( Na verdade a minha centelha mais radiante)
Meu sorriso, hoje,
tal qual fora antes
e será sempre...
Sim... A ternura.
Dos meus gestos incontidos
Das minhas euforias desmedidas
Do meu entregar todo o ser numa bandeja de acrílico
A paz que anseio
O amor deslumbrado
O verso perfeito
O arfar do meu peito
Aqui, tudo aqui, na ternura que não deixarei fenecer,
nunca. 
Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 16/01/2018
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