Há dias em que quase sucumbimos à própria vida
Uma vontade de se esquecer
De se soltar no penhasco de nós mesmos
Permitir que o cansaço nos arrebate, e
que a tempestade da solidão arraste nossas ilusões
para os confins dos nossos abismos mais profundos...
São momentos de inquietação e desespero
Instantes em que a saudade do ontem vocifera na alma,
e a impossibilidade de viver toda a beleza da mocidade
quase nos leva à loucura.
Então abrimos os olhos e enxergamos o aqui
E de repente a poesia se revela
Doce, bela e límpida como as águas de um riacho!
Há tanta beleza no hoje
Há um mar de possibilidades ainda
Há o sonho que virá ao despontar da lua nova..
Então o coração dispara mais uma vez, surge
o desejo de dançar outro tango, de
degustar outros vinhos, de
provar outros beijos, de
sentir outros abraços e
amar e ser amada como nunca antes
... Eis a continuidade do sonho
Eis o perpetuar da vida!