O senhor do tempo
O tempo, senhor fagueiro
caminha a passos ininterruptos
de destino ignorado
todos devem segui-lo
Ele sobe ladeira; desce ladeira;
nunca para; para ninguém.
Todos constroem seguindo o tempo
trabalham seguindo o tempo
Uns o perdem de vista
quando se dão conta já passou
outros caminham à sua frente
mas, a esses, o tempo não perdoa
Para os que esperam, ele é lento
já para os que se divertem passa depressa
para o poeta nunca passa; que é o imortal
o senhor do tempo.