Ervas Daninhas

Almas feridas na infância

Pela miséria, abandono e desafeto

Crescem nas sujas vielas

Sem ninguém se importar por elas,

Morrem à míngua

Sem conhecer um lar

Sem ter um teto

A lhes abrigar.

Onde faltar afeto,

Na igreja, na escola e no lar

Vicejarão ervas daninhas

Que crescerão invisíveis

Sem que os mais próximos possam notar.

Adultos inconsequentes

Carentes da infância roubada,

Se vingam na madrugada

Da indiferença recebida

No momento crucial da vida

Quando ainda eram pequenos e inocentes.