O Sagrado

Aquilo que nunca morre,

Nasce continuamente

Disfarça-se num monte de bichos,

De plantas, micróbios, pedras e gente.

O sagrado apenas finge que morre.

Como pode morrer?

Se é a fonte das sementes de Vida,

Que pelos campos dos multiversos

Estão plenamente a florescer.

O sagrado está em você, em mim,

Em toda parte.

É um doce silêncio,

Uma solidão aconchegante,

Uma fonte cristalina

Que lava a alma enfim

E sacia a sede num instante.