Seixos rolam, plácidos pelo riacho
As águas correm em direção ao mar
Tempestades se armam
Prelúdio de loucura
...Que não falte poesia
meu Deus,
Que não a falte!
Que falte o pão de cada dia
Que faltem panos para cobrirem o corpo
Que faltem alvoradas
...Não clamo pela luz do sol
Que seja noite eterna
se assim preciso for.
Mas que não falte a poesia.
Suplico-te óhh pai.
Por favor!
Que desabe o temporal
Que varra o mundo os vendavais
Que a rosa murche no jardim
Que seja Pierrô sem Colombina
ou Arlequim...
Mas que não falte
jamais,
poesia em mim!
Amém.