Eu, e o passarinho

Um pequenino passarinho.

Todas as manhãs vem me visitar.

No seu canto tão sozinho.

Passou a me cativar.

Percebi que o seu canto.

Professava uma desilusão.

Assim como o meu pranto.

Provindo do coração.

Aquela triste criatura.

Também estava sofrendo.

Com uma doença sem cura.

Aos poucos estava padecendo.

Oh, passarinho desolado.

Se tu compreendestes a minha dor.

E, ficasses sempre ao meu lado.

Eu em troca te daria amor.

Mas, o passarinho desapareceu.

E, nunca mais veio me acordar.

Acho que ele me esqueceu.

E, não quer para mim mais cantar.

Um dia porém despertei.

Com uma bela e sonora canção.

E logo que a escutei

Reconheci a sua versão.

Era ele, para mim veio cantar.

E me dar um pouco de alegria.

Mesmo dando-me a demonstrar.

A sua imensa nostalgia.

Acho que aquele bichinho.

Percebia minha solidão.

E ele com todo seu carinho.

Tentava me tirar da depressão.

E após ver minha felicidade.

Ele também feliz ficava.

Existia entre nós uma cumplicidade.

E a gente então se adorava.

Os pássaros também sabem amar.

E compreendem os nossos desalentos.

Eles expressam com o cantar.

Todos os seus sentimentos...

O que tinhamos em comum: a solidão...

O que buscávamos: uma amizade...

Para amenizarmos a dor do coração.

E encontrarmos um amor de verdade.

Giovânia Correia
Enviado por Giovânia Correia em 27/02/2008
Reeditado em 27/02/2008
Código do texto: T877826
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