Noites de Solidão e Renascimento
O que há por trás desta parede
Talvez seja tão vazia quanto
Um quarto que não seja meu.
Talvez seja eu, o que não se vê
Diante dum espelho adormecido
Meu reflexo estático e frio.
Acordo na madrugada e olho o céu;
Sou apenas eu, o céu e o silêncio.
Todos dormem; menos eu,
O vidro separa o ar mais frio lá de fora,
Sinto arrepio quando a escuridão envolve,
Devora os pensamentos nas noites eternas
O que há por trás desta parede,
É um mistério que me inquieta e me fascina,
Será um vazio tão grande quanto a solidão,
De um quarto sem dono, sem vida, sem paixão?
Ou talvez seja eu, o que se esconde,
Atrás desse espelho adormecido,
Meu reflexo estático e sem vida,
Que parece fugir do meu olhar perdido.
Na madrugada, eu acordo e olho o céu,
Apenas eu, o céu e o silêncio noturno,
Todos dormem, menos eu,
E o vidro separa o frio do lado de fora.
Sinto arrepios quando a escuridão me abraça,
Meus pensamentos estão preso numa teia,
Na noites eternas, onde o tempo estanca,
A solidão mata, mas quando a manhã chegar;
Renascerei.
por airton sobreira