NAVEGO
Navego...
Adentro o mar encefálico;
Algas confundem a paisagem,
Emaranham o coração,
Que sereia tua imagem!
Como gárgula está o amor,
Posto à proa do barco solidão;
Um leão sobrevivente,
Inerte e imexível,
Observando cada ação!
A balsa de medusa,
E seus glóbulos maciços;
Clama por socorro,
Secando e morrendo,
É o sumiço!
Na orla...
O trapiche observa;
Todo desarrumado,
Há ratos e baratas,
O medo conserva!
O mar tempestuoso,
Crê na bonança;
O sol raiará,
Trará ao coração,
No elo, Aliança!
Navego...
OSIASTE TERTULIANO DE BRITO
30/03/2011
Loanda – Paraná