Ausência
De todos os buracos da alma
Esse não foi sarado,
Tampouco foi aberto
E muito menos fechado.
É um vazio estranho
Que tenho que conviver,
Espaço desolado
Que não consigo compreender.
Nele ela está
Mas não está presente,
A alma te chama tanto
Mas vejo só a ausência.
Ausência de um corpo
De algo para pegar,
Vácuo, um extremo vazio
Que sempre quis anular.
Acho que nem todas as palavras do mundo
Chegaria aos pés da ausência,
Que sinto quando penso nela
Com a sua bela essência.