FANTASIA
Passo passando por dificuldades
Canto o coibtir solitário
Como u sabiá do alto da árvore
A fazer seu ninho de lágrimas
Caindo no chão bruto
De terra molhada
Com terça e aves dependurada
Nos galhos secos cobertos de névoa.
Ah, minha vida em coro canção
Mata a morte em vida plena
De uma solidão que geme nas águas
Dos mares descobertos em ondas
Sob o céu escuto, nuvens!
Meu choro de riso louco se faz poema
Nestas más trazadas linhas de lápis
Que já desenhou a capela
No santuário d'alma em cores de anil
Quem foi que me vou?
Ninguém em fruta cor, aroma
Em poemas lidos nos bosques da vida
Que são letreiros de amores
Perdidos no cais do Porto, adeus...