EU PEÇO PERDÃO À SOLIDÃO
EU PEÇO PERDÃO À SOLIDÃO
Meu corpo se faz de estático,
Mas a alma vagueia na escuridão,
Por caminhos no limbo errático,
Enfrentando inquietude e solidão.
A tristeza insiste em meus dias,
Até quando me vejo em porquês,
Já que o mundo viceja alegrias,
Que o progresso vem oferecer.
Sou de um tempo longevo e frio,
Onde os dias não viam degelo,
E até mesmo na era do estio,
Fui Saara da areia que vejo.
Fiz da vida mensagem e canto,
Porque cada dia cobrava atitude,
Mas os loucos são vias de santo,
E, às vezes, não tinham virtude.
Nesses passos queimei os pés,
Seja em gelo ou fogo do manto,
Seja apenas no sal do meu pranto,
Ou ainda num choro qualquer.
Ainda choro por todos que sofrem,
Por saber-me uma parte da dor,
E me espojo em plena desordem,
Desde quando viceja o amor.
Só lamento não ver sinergia,
Quando amor e ódio se exaltam,
E o temor se faz de apostasia,
No furor de quem fere e mata.
E por isso eu peço perdão,
Seja ao Cosmo ou ao espinho,
Seja ao luto ou à solidão,
Ou até se o ferir for carinho.
EU PEÇO PERDÃO À SOLIDÃO
Meu corpo se faz de estático,
Mas a alma vagueia na escuridão,
Por caminhos no limbo errático,
Enfrentando inquietude e solidão.
A tristeza insiste em meus dias,
Até quando me vejo em porquês,
Já que o mundo viceja alegrias,
Que o progresso vem oferecer.
Sou de um tempo longevo e frio,
Onde os dias não viam degelo,
E até mesmo na era do estio,
Fui Saara da areia que vejo.
Fiz da vida mensagem e canto,
Porque cada dia cobrava atitude,
Mas os loucos são vias de santo,
E, às vezes, não tinham virtude.
Nesses passos queimei os pés,
Seja em gelo ou fogo do manto,
Seja apenas no sal do meu pranto,
Ou ainda num choro qualquer.
Ainda choro por todos que sofrem,
Por saber-me uma parte da dor,
E me espojo em plena desordem,
Desde quando viceja o amor.
Só lamento não ver sinergia,
Quando amor e ódio se exaltam,
E o temor se faz de apostasia,
No furor de quem fere e mata.
E por isso eu peço perdão,
Seja ao Cosmo ou ao espinho,
Seja ao luto ou à solidão,
Ou até se o ferir for carinho.