A SOLIDÃO ESTÁ COMIGO!

Noite calma,

Sento-me à beira da calçada;

Vejo o alto céu,

Admiro as estrelas...

Como são lindas!

As lâmpadas dos postes,

Dão brilho à rua,

Que bem iluminada,

E sem vida;

Estende-se por quarteirões.

Quando por repentino,

Ouço um estalo;

Viro o rosto!

Da árvore...

Uma pequena vagem,

Vem de encontro ao solo.

Coitada!

Esborracha-se,

Soltando suas sementes,

Que jamais terão vida,

Na calçada.

Novamente me concentro,

E descubro...

A solidão está comigo!

Sinto pena de mim!

Vou até o quarto,

Ligo o rádio,

Entoa-se uma canção romântica...

Deito-me,

E pra variar,

Ela me acompanha;

Pensamentos vão avante.

Passeio o interior,

Que tristeza,

Que abatimento em minha alma!

Jamais veio sanar,

Este tão grande tormento.

Por morar em mim...

A solidão!

Que mesmo assim,

Sabendo que me machuca,

Não se toca;

E não vai embora!

E fica...

Como minha companheira!

OSIASTE TERTULIANO DE BRITO

27/07/1987

Londrina – Paraná

Osiaste Tertuliano de Brito
Enviado por Osiaste Tertuliano de Brito em 29/06/2021
Reeditado em 30/06/2021
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