A MADRUGADA

A madrugada parece fria e silenciosa

Mas ela grita, ensurdece dentro de nós

É semelhante a uma curva sinuosa

Em nossa alma, desatando os nós

A madrugada pertence aos ansiosos

Aos depressivos, e aos boêmios da reflexão

Que celebram cada deslocamento do ponteiro

Em busca de uma angustiante solução

E o sono não vem

Somem a esperança e a fé

Não surgem respostas

Apenas mais um gole de café

A madrugada é para os perdidos

Que sem dormir, levantarão cedo

E para os cansados e aflitos

Para os que carregam medos

A madrugada é para os arrependidos

Para os que se sentem derrotados

E para o mocinho e também para o bandido

A madrugada e para os inquietos e revoltados

Jonathas Oliveira
Enviado por Jonathas Oliveira em 04/05/2021
Reeditado em 04/05/2021
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