A MADRUGADA
A madrugada parece fria e silenciosa
Mas ela grita, ensurdece dentro de nós
É semelhante a uma curva sinuosa
Em nossa alma, desatando os nós
A madrugada pertence aos ansiosos
Aos depressivos, e aos boêmios da reflexão
Que celebram cada deslocamento do ponteiro
Em busca de uma angustiante solução
E o sono não vem
Somem a esperança e a fé
Não surgem respostas
Apenas mais um gole de café
A madrugada é para os perdidos
Que sem dormir, levantarão cedo
E para os cansados e aflitos
Para os que carregam medos
A madrugada é para os arrependidos
Para os que se sentem derrotados
E para o mocinho e também para o bandido
A madrugada e para os inquietos e revoltados