TUA SOMBRA
Sou um poeta de poucas palavras
Esperando sempre o próximo poema
Na esquina de casa sinto a sua áurea
Destilando veneno em meus dilemas
A tua luz é perturbadora
Não me espere na estação dos sonhos
Não prove da minha vergonha
No meu discurso prolixo e enfadonho
Sou um poeta do frio da madrugada
De goles de café, e danças improvisadas
No escuro do meu empoeirado quarto
Escondo os meus versos antes do infarto
A tua sombra me segue
É algo que não posso evitar
A tua insônia me fere
Não me deixando acordar.