AMARGOR
Estou diante de mim,
nos espelhos do meu camarim,
minha imagem recortada
e desnuda pelo desgaste
desse tempo, o adeus...
Penso em tudo que há
e não permito-me ir além
das margens do meu ser
que encontra-se afogado
nas lágrimas amargas do destino.
Vivo na canção do choro
que a luz apagou
quando eu deixei a cena
do espetáculo vazio
sem o meu eu,
um misero ser sofredor,