AMARGOR

Estou diante de mim,

nos espelhos do meu camarim,

minha imagem recortada

e desnuda pelo desgaste

desse tempo, o adeus...

Penso em tudo que há

e não permito-me ir além

das margens do meu ser

que encontra-se afogado

nas lágrimas amargas do destino.

Vivo na canção do choro

que a luz apagou

quando eu deixei a cena

do espetáculo vazio

sem o meu eu,

um misero ser sofredor,

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 30/12/2020
Código do texto: T7147847
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