HORAS TÃO MINHAS

Num canto escuro da noite,

Nas sombras que voam no espaço,

Escuto o passar das horas

Elas chegam e vão embora

Eu fico e não sei o que faço.

São tão minhas estas horas

Que vagam soltas no ar,

Planejo, refaço meus sonhos,

Revivo, escuto, componho

A penumbra faz-me delirar.

Lá fora o tempo voa,

Aqui eu vivo meu mundo

Sozinho eu fico a pensar

Nem vejo a vida passar

Encontro-me a cada segundo.

A solidão dessas horas assusta-me

E não posso te ver, estais distante,

Mas tua imagem eu vejo no céu

Envolta num brilhante véu

Que traduzo nesse instante.

Olho pro céu, as estrelas

Seu piscar emite mensagens

Pergunto ao infinito em vão,

Será isto imaginação

Ou tudo loucas miragens?

Estou só, a saudade invade-me

Pois necessito do seu amor

Encontro-me com a solidão,

Com você no meu coração

Não posso esconder minha dor.

Pensando em você adormeço

Perdendo a minha lucidez

No sonho tu és meu desejo

Mas quando acordo eu vejo

Que estou sozinho outra vez.

14/06/1991

Manoel de Paula
Enviado por Manoel de Paula em 08/07/2020
Código do texto: T6999746
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