DENTRO DA NOITE

Incoerência dos dias,

Vãs são as horas vadias

Desmoronamento de sonhos

Não os de valsa

Apenas uma ilusão falsa

Fragmentos de vida luminosa

Nada de novo

Apenas ensejo de felicidade

E renovo

Não creio, não espero

Mais um cigarro incinero

Outra noite de vigília.

Nem meu violão

A alegria dedilha.

Volta para o canto!

Transpiro na testa,

Como o vidro da janela.

Pó na garganta

Mais pó que poço

Então não canto.

Faço desenhos no vidro suado.

Mais um cigarro,

Dou outro trago

Outro traço

As horas mortas, abrem outro maço.

(Indiferente a tudo que os gatos comunicam na madrugada)

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 08/06/2020
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