HORA OCA
Esta mania de ser só
desintegrou-me.
Sou nada.
Um coração sem pontes.
Ecos...ecos...cinzas,
não mais,
nos vales e montanhas
da hora oca
e descampada.
Enfim,
o que sobrevive
à voracidade tenaz
da solidão?
(Não conheço a neve.
Conheço o frio,
e isto me basta.)
T@CITO/XANADU