HORA OCA

Esta mania de ser só

desintegrou-me.

Sou nada.

Um coração sem pontes.

Ecos...ecos...cinzas,

não mais,

nos vales e montanhas

da hora oca

e descampada.

Enfim,

o que sobrevive

à voracidade tenaz

da solidão?

(Não conheço a neve.

Conheço o frio,

e isto me basta.)

T@CITO/XANADU

Paulo Tácito
Enviado por Paulo Tácito em 26/05/2020
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