O arrependimento mata

O arrependimento mata

O arrependimento mata,

É uma coisa séria, que nos faz parar.

E se fossemos para frente, aquele passo nunca dado?

Aquele silêncio muitas vezes gritado.

Olhando para cima e para os lados,

Sorrindo de canto,

Como sempre abobalhado?

Sabemos da verdade mas não falamos,

Sentimos o tesão, mas não nos tocamos.

Ficamos em silêncio esperando o céu estrelado.

Falamos de confidencias do passado,

E ainda assim,

Porque nos sentimos castrados?

Mas o silêncio não se rompe,

Terminamos assim, mal amados.

E se nosso amor nos salvasse?

No silêncio, ele vai morrer,

Como o arrependimento nos matando,

Nos deixando calados.

Sentindo saudades das coisas que nunca aconteceram,

Sonhando acordado com nossos verdes prados.

Não nos olhamos, nem sequer de lado,

Sentados um colado no outro,

Nos amando no silêncio dourado.

Esperamos um milagre, que o som nos saia.

Mas é melhor não dizer, não falar,

Não matar o momento que nos traz essa paz.

Nos arrepender de não falar e de falar,

Deixar o momento viver e morrer,

Como a vida tem de ser.

Acordar no outro dia, e ver que foi apenas mais um dia...