DUAS VIDAS

Gostaria de passear pelas alamedas;

Sentir na pele o ar fresco do dia;

Olhar todas as arvores que fora plantadas;

Sentir as folhas secas sobre o meu corpo;

Pelo tempo de vida;

Que está a olhar-me;

Ah! Quão seria maravilhoso;

Uma caminhada deserta;

Circundado pelo orvalho;

De manhãzinha sedo, dia...

Um tempo que para mim é-me nostalgia;

Vendo-me de longe...

Na janela d'alma

Meu espírito.

Ó, alameda! Como imagino e como real ser!

És neblina que não deixa-me sair;

És poesia para esse moribundo que deseja partir...