SOLIDÃO

Vou navegando,

barca à deriva

à espera de uma corda

com nó de pescador.

Quero um aconchego,

um porto seguro.

Sinto meu corpo balançando,

minha alma,

já não a entendo mais;

sei que, cortada

por ventos violentos,

pode afundar...

mas, se a tempestade amainar,

pode ser salva

até o último momento,

em que teu braço forte,

sustentáculo manso e gentil

acercar-se-á de mim.

( cida piussi -99)