A solidão é o estado da alma do poeta.
Ama os momentos de soledade
Quando a noite cai
O vento sopra nas folhas da amoreira
Os passarinhos cantam em despedida do dia,
ele se recolhe, sem companhia...

É quando o sonhador colhe palavras
Dos seus devaneios, borda seus versos
Ouve a voz do silêncio, aguça seus sentidos
Ouve e dialoga com fadas e gnomos
Contempla fantasmas de amores passados
A mão corre, preenchendo a folha em branco.

E a noite voa, rápida como uma velha canção.
Mas o poeta é alheio ao tempo...Sedento de beleza
Angustiado, escreve, desesperado, o coitado,
em busca do verso perfeito__Do soneto amado,
da poesia tão esperada!

De repente despertam os pássaros em algazarra
O sol dá os seus ares, proclamando um novo dia
O poeta, exausto, porém satisfeito se recolhe
Volta ao mundo dos homens mortais
E eis o poema, lúcido, sobre a escrivaninha
Filho das horas de solidão e nostalgia.
 
Elisa Salles ( Elisa Flor)
Enviado por Elisa Salles ( Elisa Flor) em 25/09/2018
Código do texto: T6459212
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